domingo, 27 de novembro de 2016

As principais orações em inglês

Muitos,ao verem o título deste artigo,devem ter pensado naqueles enunciados linguísticos que giram em torno de um verbo.Aqueles que esmiuçamos para descobrir sujeito,objeto,predicado,predicativo,complemento nominal,adjunto,e também para passar de ano(ou no vestibular) em português e que deveríamos aprender para dar um pouco mais de carinho à última Flor do Lácio.

Entretanto,não é desse tipo de oração de que este texto vai tratar. É oração da transcendência,da comunicação com Deus,da reza. Se você é religioso(cristão,no caso),vai ampliar seus horizontes na comunicação com o Senhor e vai ajudar a ampliar seu vocabulário.Se você não o é,isso será mais uma forma de aprendizado da língua(e o faz ir além,conhecendo um pouco do inglês médio,que veio antes do inglês moderno,o atual).

Vamos,então,às orações:

1) Our Father(Traditional) (Pai-Nosso na versão tradicional)

Our Father, Who art in heaven
Hallowed be Thy Name;
Thy kingdom come,
Thy will be done,
on earth as it is in heaven.
Give us this day our daily bread,
and forgive us our trespasses,
as we forgive those who trespass against us;
and lead us not into temptation,
but deliver us from evil. Amen.


2)Hail Mary(Ave-Maria)

Hail Mary,Full of Grace
The Lord is with thee
Blessed art thou among women
And blessed is the fruit of your womb,Jesus

Holy Mary,Mother of God
Pray for us sinners
Now and at the hour of our death. Amen


3) I believe in God/The Apostle's Creed (Profissão de fé/Credo/Creio em Deus Pai)

I believe in God,
the Father Almighty,
Creator of Heaven and earth;
and in Jesus Christ, His only Son, Our Lord,
Who was conceived by the Holy Spirit,
born of the Virgin Mary,
suffered under Pontius Pilate,
was crucified, died, and was buried.
He descended into Hell.
The third day He arose again from the dead;
He ascended into Heaven,
sitteth at the right hand of God, the Father Almighty;
from thence He shall come to judge the living and the dead.
I believe in the Holy Spirit,
the holy Catholic Church,
the communion of saints,
the forgiveness of sins,
the resurrection of the body,
and the life everlasting. Amen


4) Glory Be(Glória ao Pai)

Glory be to the Father,
and to the Son,
and to the Holy Spirit,
as it was in the beginning,
is now, and ever shall be,
world without end. Amen.


5) Hail Holy Queen(Salve Rainha)


Hail, Holy Queen, Mother of mercy,
our life, our sweetness and our hope.
To thee do we cry, poor banished children of Eve:
to thee do we send up our sighs,
mourning and weeping in this valley of tears.
Turn then, most gracious Advocate,
thine eyes of mercy toward us,
and after this our exile,
show unto us the blessed fruit of thy womb, Jesus.
O clement, O loving, O sweet Virgin Mary! Amen.


6) Our Father(modern version)

Our Father, Who is in heaven,
Holy is Your Name;
Your kingdom come,
Your will be done,
on earth as it is in heaven.
Give us this day our daily bread,
and forgive us our sins,
as we forgive those who sin against us;
and lead us not into temptation,
but deliver us from evil. Amen.



Em muitas orações acima,você vai/deve estranhar algumas palavras,mas não se assuste:elas não fazem parte do inglês atual(Modern English),mas sim do chamado Middle English(inglês médio).

Por exemplo: no inglês atual,"you" é usado tanto para o singular(tu/você) quanto para o plural(vós/vocês).Entretanto,quando essas orações foram traduzidas para o inglês(médio),havia o "thee,thou",que significava "vós/vocês", "thy"(vosso/vossa), "art"(que,hoje,é "are",do verbo "to be"),entre outros.

Merry Christmas for you all!
:)






sábado, 26 de novembro de 2016

"There to be": existe solução para o seu inglês!

Na nossa querida--e maltratada--língua portuguesa,usamos,além do verbo existir, o  haver (ou ter no português informal) na sua forma impessoal para expressar a existência de algo,numa espécie de "3ª pessoa do singular"(é bom lembrar que as orações que envolvem o verbo haver com o sentido de "existir" não têm sujeito e,portanto,não têm "pessoa"!)

Ex.: Havia(não "haviam"!) três carros estacionados sobre as calçadas daquela rua.
        Há uma luz no fim do túnel.
        Tinha um rato bem atrás do seu armário!(informal)

No inglês,também é usada uma expressão que tem a mesma função do verbo to exist  e que faz um papel parecido com o verbo haver(no sentido acima) no português: é o there to be.

O uso correto dessa expressão em inglês se dá da seguinte forma:

There to be + palavra que representa aquilo que existe(o verbo to be da expressão é conjugado de acordo com o número dessa palavra: se ela estiver no singular,segue a 3ª pessoa do singular.Se estiver no plural,segue a 3ª pessoa do plural)

Pareceu confuso? Vendo os exemplos abaixo,isso fica mais claro.

1) There is a monkey at the parking lot.(Há um macaco no estacionamento)

A monkey => Aquilo que existe(um macaco).Note que está no singular(apenas um único macaco)!

There is => O verbo "to be" está no singular(" is"),pois aquilo que existe(a monkey) está no singular.Além disso,está no presente,pois relata a existência no mesmo momento em que se diz essa frase.


2) There were some guys playing soccer on the third floor(Havia alguns caras jogando bola no terceiro andar)

Some guys => Aquilo que existia (alguns caras).Note que está no plural!

There were => O verbo "to be" está no plural("were"),pois aquilo que existia está no plural.E está no passado,pois a existência ocorria antes do momento em que essa frase foi dita.

3)    " Lord knows, dreams are hard to follow
        But don't let anyone tear them away
        Just hold on, there will be tomorrow
        In time, you'll find the way"
        (Mariah Carey,"Hero")
      ("Só Deus sabe,sonhos são difíceis de serem seguidos.
         Mas não deixe que ninguém os destrua
         Só espere um pouco,haverá um amanhã
         No tempo certo,você encontrará o caminho")

Tomorrow =>Aquilo que existirá (amanhã),que está no singular

There will be => No caso do futuro do presente("simple future" com "will") e do futuro do pretérito ("would conditional"),não faz diferença,na forma do verbo em si,se aquilo que existiria/existirá está no singular ou no plural.Será do mesmo jeito!


Abaixo,deixarei uma tabela(escrita à mão,dados os poucos recursos deste blog) com o uso do there to be(os tempos mais usados) de acordo com o tempo(presente,passado,futuro) e com o número(singular,plural). Se você lembrar a conjugação do verbo to be, é so pegar o "he/she/it" para o singular e o "they" para o plural em cada  tempo verbal.(Atenção:Não quero que você fique decorando tabelas!Tenha essa tabela apenas como auxiliar para construir seus próprios exemplos e praticar a escrita e até a fala.)





OBS.: Não confundir there to be(existir) com to be there(estar lá/ali/...)!

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Um forte abraço no seu coração e que Deus o abençoe.
:)


quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Nunca peça uma pinga na Argentina!

Estão chegando as férias de verão--para quem as tem. Hora de marcar aquela viagem para Bariloche com os pais e/ou namorada/esposa(o) e/ou amigos para aproveitar a neve de lá fazendo esqui ou outras atividades quaisquer. Chega o final da tarde,você,que é tido como o "pudim de cachaça" do grupo,vai ao primeiro bar que aparece à sua frente.Entretanto,você não tem um domínio do idioma tal que você possa fazer um pedido ao garçom(mesero,em espanhol) com certas naturalidade,fluidez e correção.Então,você recorre ao artifício usado por uma porção sem fim de brasileiros:o "portunhol",uma mistura "mucho loka" de português com espanhol que aproveita certas similitudes entre as duas línguas.Usando esse recurso,você sinaliza para o garçom que você o quer na sua mesa.Quando ele chega à sua mesa com a bandeja vazia dizendo "¡Buenas tardes! ¿Qué quieres?",você lhe responde "Yo quiero uma(sic) pinga." Só que,se ele trouxer o pedido para você,você certamente(ou muito provavelmente) receberá algo não muito agradável.Como assim? Continue lendo e entenda!


Assim como em relação ao inglês,também há falsos cognatos(falsos amigos) do português em relação à língua espanhola( e vice-versa),ou seja,palavras que parecem significar algo em uma outra língua quando,na verdade,significam outra coisa.
É o caso de "Yo bebía água en pequeños vasos"(Eu bebia água em copos(não vasos) pequenos.)

E também é o caso do nosso amigo cachaceiro que pediu uma pinga na Argentina.Na linguagem cotidiana,popular do espanhol, a palavra pinga é um dos sinônimos de pênis,assim como verga e outros.
Portanto,se você pedir pinga(que lembra,inclusive, um sinônimo do pênis em português,inclusive usado para descrever aquelas pessoas que são consideradas sensacionais,extraordinárias,mas que não vou citar aqui pelo fato de este ser um blog de família(!)) e o garçom atender ao seu pedido,saia imediatamente do bar e vá para o aeroporto o mais rápido possível!

Ah,e se quiser uma pinga(aquela,a "branquinha"(que é transparente,by the way) que habita as mesas de bar Brasil afora),peça uma aguardiente ou uma cachaza mesmo.

Evite situações embaraçosas como essa! Fique por dentro do blog e receba dicas de línguas por aqui.

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segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Como dizia a minha avó-"Blood is thicker than water"

No "Como dizia a minha avó" de hoje,veremos uma expressão bem comum no cotidiano,que é "Blood is thicker than water".Traduzindo-a ao pé da letra,significa "o sangue é mais denso que a água".Mas continue lendo para ver que ela significa muito mais do que isso.
Esse ditado popular é usado para dizer que as relações familiares(relações sanguíneas,daí a palavra blood) são mais importantes que outros tipos de relacionamento(water),como as amizades.

Exemplos:
1) Nurse:No one of your friends came to this hospital to visit you.Only your parents are here.That's true when we say that blood is thicker than water.(Enfermeira:Nenhum de seus amigos veio a este hospital para visitar-te.Só seus pais estão aqui.É verdade quando dizemos que a família é mais importante que tudo*.)
2) Mom:I really love you,my darling.Your friends and mates say they love you,but that's a big lie.Blood is thicker than water!(Mãe:Eu realmente te amo,minha querida.Seus amigos e colegas dizem que te amam,mas isso é uma grande mentira.Família acima de tudo*!)

Você pode até discordar do significado da expressão,sobretudo quando sua relação com a família não vai lá muito bem,mas tem que concordar que,muitas vezes,isso é verdade e que esse dito é bastante utilizado!

A origem dessa expressão é bem controversa e merece até um possível artigo separado.
* essa tradução não é precisa,já que não temos um equivalente em português,mas é bem próxima de seu sentido real!
É isso aí!
Alguma dúvida?Deixe um comentário abaixo.
Um forte abraço no seu coração e que Deus o abençoe.
:)

sábado, 12 de novembro de 2016

Você faz o blog

Leitor do blog,
Você pode ajudar a fazer este blog com sugestões de temas,sobretudo de inglês,espanhol e exatas.

Basta deixar um comentário abaixo ou enviar uma mensagem na página do Facebook(facebook.com/yan.mmarinho).

Um forte abraço no coração.
:)

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Técnicas de derivação para funções exponenciais e propriedades das derivadas

Na prática,não usamos a definição de derivada para calculá-las,pois seria muito trabalhoso e demorado para fazer isso.Para isso,temos as técnicas de derivação,que são fórmulas para derivar funções de acordo com o seu tipo:

1) Funções exponenciais do tipo f(x) = xn
       Derivada(f ' (x) ou dy/dx):xn-1

     Exemplo: f(x)=  x5
       f ' (x)= x4

2)Exponenciais multiplicadas por um número real α,como f(x)= αxn         
    Derivada(f' (x) ou dy/dx): αn xn-1

     Exemplo: f(x)=10x4
   
   f '(x)= (10)(4) x3
   f ' (x)= 40x

3)Funções constantes,do tipo f(x)=c(c é um número real qualquer)

     Derivada(f'(x) ou dy/dx) é sempre ZERO.

      Exemplo:f(x)=8
      f ' (x) = 0

Propriedades das derivadas:
Supondo duas funções, f(x) e g(x),temos:

1) {f(x)+g(x)}' = f ' (x) + g ' (x)
2) {f(x)- g(x)}' = f ' (x) - g '(x)
3) {f(x)g(x)}' = f ' (x)g(x) + f(x)g'(x)            (Não é o produto das derivadas!)      

4) {f(x)/g(x)}'= f ' (x)g(x) + f(x)g ' (x)         
                                 g²(x)


As propriedades 1 e 2 são válidas também para mais de 2 funções(são muito usadas em funções polinomiais,como 3x²+2x+5=f(x),que nada mais são que uma soma(ou subtração) de funções exponenciais e constantes!)

Exemplos das propriedades e derivadas de outros tipos de funções em um próximo post sobre isso.

Enquanto isso,deixo alguns exercícios para resolver:

Calcule a derivada de cada função abaixo:

1) f(x)= 9x6

2)A função que é resultado da multiplicação entre f(x)=2x²+3x e g(x)=9x+6

3)f(x)= 10x³+8x²+3x+5  

4) A função que é a divisão entre as duas funções do número 2(f(x)/g(x) )

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:)





                     

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Monteiro Lobato DESCE A LENHA

José Bento Renato Monteiro Lobato(Monteiro Lobato para os íntimos) é um autor que fez história na literatura brasileira,sendo referência quando se trata de literatura infantil,sobretudo com a obra "Sítio do Pica Pau Amarelo",escrita em 1939 e " Caçadas de Pedrinho"(1933).Entretanto,Monteiro Lobato resolveu caçar outra coisa:treta!

Acontece que,além de escritor,Monteiro também era crítico artístico,volta e meia escrevendo suas resenhas e publicando-as em jornais como A Folha de São Paulo.
Em 1917,a pintora Anita Malfatti resolveu organizar uma exposição para demonstrar suas pinturas de cunho modernista(dez/1917 a jan/1918).Ela,como todos os vanguardistas e modernistas,acreditava que era hora de "romper com os padrões estéticos" vigentes até então,promovendo uma arte,digamos,mais "livre".

A exposição teve elogios,mas também pegou muito mal no "metiê" artístico de São Paulo,com muita gente chocada,atônita e com o nariz torcido em relação ao que via. Uma dessas pessoas que não gostaram nem um pouco do que viu foi,advinha quem? Monteiro Lobato. Sua insatisfação com a arte modernista ficou expressa nesse artigo(em vermelho e itálico),publicado no jornal O Estado de São Paulo no dia 20 de dezembro de 1917,intitulado "Paranoia ou Mistificação?"

Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que vêem normalmente as coisas e em consequência disso fazem arte pura, guardando os eternos ritmos da vida, e adotados para a concretização das emoções estéticas, os processos clássicos dos grandes mestres. Quem trilha por esta senda, se tem gênio, é Praxíteles na Grécia, é Rafael na Itália, é Rembrandt na Holanda, é Rubens na Flandres, é Reynolds na Inglaterra, é Leubach na Alemanha, é Iorn na Suécia, é Rodin na França, é Zuloaga na Espanha. Se tem apenas talento, vai engrossar a plêiade de satélites que gravitam em torno daqueles sóis imorredouros. A outra espécie é formada pelos que vêem anormalmente a natureza, e interpretam-na à luz de teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva. São produtos do cansaço e do sadismo de todos os períodos de decadência: são frutos de fins de estação, bichados ao nascedouro. Estrelas cadentes, brilham um instante, as mais das vezes com a luz do escândalo, e somem-se logo nas trevas do esquecimento. Embora eles se dêem como novos precursores duma arte a vir, nada é mais velho do que a arte anormal ou teratológica: nasceu com a paranóia e com a mistificação. De há muito já que a estudam os psiquiatras em seus tratados, documentando-se nos inúmeros desenhos que ornam as paredes internas dos manicômios. A única diferença reside em que nos manicômios esta arte é sincera, produto ilógico de cérebros transtornados pelas mais estranhas psicoses; e fora deles, nas exposições públicas, zabumbadas pela imprensa e absorvidas por americanos malucos, não há sinceridade nenhuma, nem nenhuma lógica, sendo mistificação pura.
Todas as artes são regidas por princípios imutáveis, leis fundamentais que não dependem do tempo nem da latitude. As medidas de proporção e equilíbrio, na forma ou na cor, decorrem do que chamamos sentir. Quando as sensações do mundo externo transformam-se em impressões cerebrais, nós "sentimos"; para que sintamos de maneira diversa, cúbica ou futurista, é forçoso ou que a harmonia do universo sofra completa alteração, ou que o nosso cérebro esteja em "pane" por virtude de alguma grave lesão. Enquanto a percepção sensorial se fizer normalmente no homem, através da porta comum dos cinco sentidos, um artista diante de um gato não poderá "sentir" senão um gato, e é falsa a "interpretação" que do bichano fizer um "totó", um escaravelho, um amontoado de cubos transparentes.
Estas considerações são provocadas pela exposição da Sra. Malfatti, onde se notam acentuadíssimas tendências para uma atitude estética forçada no sentido das extravagâncias de Picasso e companhia. Essa artista possui um talento vigoroso, fora do comum. Poucas vezes, através de uma obra torcida para má direção, se notam tantas e tão preciosas qualidades latentes. Percebe-se de qualquer daqueles quadrinhos como a sua autora é independente, como é original, como é inventiva, em que alto grau possui um sem-número de qualidades inatas e adquiridas das mais fecundas para construir uma sólida individualidade artística. Entretanto, seduzida pelas teorias do que ela chama arte moderna, penetrou nos domínios dum impressionismo discutibilíssimo, e põe todo o seu talento a serviço duma nova espécie de caricatura.
Sejamos sinceros: futurismo, cubismo, impressionismo e tutti quanti não passam de outros tantos ramos da arte caricatural. É a extensão da caricatura a regiões onde não havia até agora penetrado. Caricatura da cor, caricatura da forma - caricatura que não visa, como a primitiva, ressaltar uma idéia cômica, mas sim desnortear, aparvalhar o espectador. A fisionomia de quem sai de uma dessas exposições é das mais sugestivas. Nenhuma impressão de prazer, ou de beleza, denunciam as caras; em todas, porém, se lê o desapontamento de quem está incerto, duvidoso de si próprio e dos outros, incapaz de raciocinar, e muito desconfiado de que o mistificam habilmente. Outros, certos críticos sobretudo, aproveitam a vaza para épater les bourgeois. Teorizam aquilo com grande dispêndio de palavrório técnico, descobrem nas telas intenções e subintenções inacessíveis ao vulgo, justificam-nas com a independência de interpretação do artista e concluem que o público é uma cavalgadura e eles, os entendidos, um pugilo genial de iniciados da Estética Oculta. No fundo, riem-se uns dos outros, o artista do crítico, o crítico do pintor, e o público de ambos.
Há de ter essa artista ouvido numerosos elogios à sua nova atitude estética. Há de irritar-lhe os ouvidos, como descortês impertinência, esta voz sincera que vem quebrar a harmonia de um coro de lisonjas. Entretanto, se refletir um bocado, verá que a lisonja mata e a sinceridade salva. O verdadeiro amigo de um artista não é aquele que o entontece de louvores e sim o que lhe dá uma opinião sincera, embora dura, e lhe traduz chãmente, sem reservas, o que todos pensam dele por detrás. Os homens têm o vezo de não tomar a sério as mulheres. Essa é a razão de lhes darem sempre amabilidades quando pedem opiniões. Tal cavalheirismo é falso, e sobre falso, nocivo. Quantos talentos de primeira água se não transviaram arrastados por maus caminhos pelo elogio incondicional e mentiroso? Se víssemos na Sra. Malfatti apenas "uma moça que pinta", como há centenas por aí, sem denunciar centelha de talento, calar-nos-íamos, ou talvez lhe déssemos meia dúzia desses adjetivos "bombons", que a crítica açucarada tem sempre à mão em se tratando de moças. Julgamo-la, porém, merecedora da alta homenagem que é tomar a sério o seu talento dando a respeito da sua arte uma opinião sinceríssima, e valiosa pelo fato de ser o reflexo da opinião do público sensato, dos críticos, dos amadores, dos artistas seus colegas e... dos seus apologistas.
Dos seus apologistas sim, porque também eles pensam deste modo...  por trás.

A partir daí,vê-se como ele amou o movimento artístico cujo ápice se deu na famosa Semana de 22,não é mesmo?
Mesmo fazendo elogios ao talento pessoal de Anita Malfatti,Lobato não deixa de lamentar o fato de ela ter usado sua arte em prol do Modernismo e das "Vanguardas Europeias",sendo estas a semente que resultou naquele.

Ainda falando de estética na arte,o filósofo britânico Roger Scruton fez um documentário na BBC,com o título "Why Beauty Matters?"(Por que a beleza importa?),que está disponível no YouTube.O vídeo tem quase 1 hora (59 minutos,para ser mais preciso),mas é um tempo importante para você refletir sobre o assunto.Nesse mundo corrido,é importante que demos um tempo para nós mesmos e aproveitar o que há de melhor e mais elevado neste mundo.

"Why Beauty Matters",de Roger Scruton: https://www.youtube.com/watch?v=bHw4MMEnmpc

É isso aí! Que Deus o abençoe e até a próxima!
:)

terça-feira, 1 de novembro de 2016

How come?(com áudio)

As línguas são recheadas de expressões que seus falantes usam diariamente que,muitas vezes,substituem as palavras formais no uso cotidiano da língua.Uma delas é o "how come?".
Mas,"how come" devemos aprender essa expressão? É o que vamos saber agora.

O "how come",como sugeri acima,substitui o "why",o "por que" usado nas perguntas.

Vejamos alguns exemplos:

1)How come you get up early every day?(= Why do you get up early every day?)[Por que você levanta cedo todos os dias?]

2)How come they have been there?(= Why have they been there?)[Por que eles estiveram lá?]


Ouça o áudio abaixo e acompanhe os exemplos acima e mais outros!









Link dos exemplos do áudio: http://dictionary.cambridge.org/pt/dicionario/ingles/how-come

Link para o áudio,caso não consiga ouvir aqui na página:https://soundcloud.com/yan-marinho-460331228/how-come-audio-1

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